Inicialmente conhecida pelo nome de "Amieiro" por causa das árvores até ao século XVI, o novo nome Abrigada parece derivar de "A brigada" devido à presença de brigantes nesta zona, perto da estrada que vai desde Alenquer até Leiria no fim do século XVI, durante o período das guerras de sucessão de Portugal depois da morte do rei-cardeal D. Henrique. Antiga possessão da família Gorjão Henriques do Bombarral, o morgado da Abrigada foi depois no século XIX atribuído por casamento a José Maria Camilo de Mendonça, que foi o 1º Visconde da Abrigada por Decreto de D. Luís I de Portugal de 17 de Janeiro de 1870. Portanto, a quinta senhorial fica possessão da família Gorjão Henriques, cuja figura mais iluste é o ministro da Marinha e do Ultramar do rei de Portugal D. Carlos I, D. Manuel Rafael Gorjão Henriques.
O primeiro batismo realizado na freguesia, cujo registo chegou aos nossos dias, foi realizado em Dezembro de 1636, e é referente a Maria, filha de Ambrósio Nobre e Maria Pereira, moradores na Abrigada. O primeiro casamento foi realizado a 22 de Junho de 1636, e é referente a Francisco da Facha e Maria Rodrigues, natural do lugar da Atouguia. E o primeiro óbito tem data de Julho de 1636, e é referente a Maria Gomes, solteira, filha de António Gomes e de Brites Nunes, moradores em Cabanas do Chão.
Abrigada era, em 1747, um lugar da freguesia de Nossa Senhora da Graça da Atouguia das Cabras, termo da vila de Alenquer. No secular estava subordinada à Comarca de Alenquer, e no eclesiástico ao Patriarcado de Lisboa, pertencendo à Província da Estremadura. Constava então de 45 vizinhos, e tinha uma ermida de São Roque, e outra de Nossa Senhora do Rosário, na Quinta da Abrigada, nome que tomou da vizinhança do lugar
Cabanas de Torres localiza-se no distrito de Lisboa, concelho de Alenquer, sendo constituída pelas localidades de Cabanas de Torres e Paúla, que se situam no início das vertentes oeste da Serra de Montejunto.
Esta localidade, bem como a sua origem e fundação estão referenciadas há já muito tempo, e terá sido fundada há mais de quinhentos anos por população oriunda da região de Torres Vedras, em virtude de uma peste que terá assolado a região naquele tempo. Contudo, e a ser verdadeira a origem de vários instrumentos líticos existentes no Museu Municipal Hipólito Cabaço em Alenquer, é possível encontrar uma ocupação deste local desde o neolítico conforme diversos achados arqueológicos descobertos por populares por toda a extensão da localidade e comprovados pela descoberta do Algar do Bom Santo em 1991. Esta descoberta aconteceu a quatro quilómetros da localidade em plena serra perto do lugar do Bom Santo em Abrigada e a suaa última ocupação terá sido no neolítico final. Sobre a origem do nome da localidade tanto as fontes clássicas como a crença local são unânimes: a população ter-se-á fixado nesta região da Serra de Montejunto e ali terá feito umas cabanas para se abrigarem .
Tanto os abrigos, como o vento, estão bem patentes na toponímia local. A freguesia da vertente leste da serra de Montejunto é Abrigada, e a localidade mais a oeste desta freguesia e que está mais próxima de Cabanas de Torres, é Cabanas do Chão.
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